Por Thais P. de Araújo 31/07/2020
Estima-se que cerca de 1,0 ºC do aquecimento global tenham sido causados pelas atividades humanas, dentre elas desmatamento, queimadas e poluição. E é previsto um aumento médio na temperatura global entre 1,8 ºC e 4,0 ºC até 2100 e, caso a população e a economia continuarem a crescer rapidamente, esse aumento poderá ser ainda maior chegando a 6,4 ºC. Esse aumento da temperatura pode causar danos irreversíveis aos ecossistemas, como a perda de habitats dos ecossistemas aquáticos.

Os peixes são o grupo de vertebrados com maior diversidade nos ecossistemas aquáticos, tendo cerca de 25 mil espécies conhecidas. São animais ectotérmicos, ou seja, tem a regulação da sua temperatura corporal dependente do ambiente em que vivem. Portanto, a temperatura do ambiente é um fator fundamental para esses organismos e alterações no clima podem alterar a fisiologia, o tamanho corporal, o comportamento e a reprodução dos peixes. Principalmente nas fases iniciais de vida, em que os peixes são mais sensíveis às mudanças do ambiente.
As mudanças climáticas (elevação da temperatura e alteração nos regimes de chuva) podem afetar os peixes em diferentes níveis organizacionais, em nível de indivíduo, população e comunidade, causando modificações na diversidade, na estrutura e dinâmica do ecossistema aquático.
Portanto, conhecer os efeitos das mudanças climáticas nos ecossistemas aquáticos é importante para conhecer a sensibilidade e as respostas biológicas dos peixes, para desenvolver ações afim de minimizar esses efeitos, além de conscientizar a sociedade sobre nossas ações e seus impactos no ambiente.

Edição e Arte: Edson Paz